.
.
.
fotografia © Karina Marandjian
.
a dor é um fragor que sangra e pede abrigo na concha da palavra. e o amor. e o silêncio.
.
“Alguém me disse que certas aves choram / quando lhes falta o mar / por muito tempo” – Casimiro de Brito in Arte de bem Morrer, p.127, Roma Editora
[a dor também é um caminho... o mais das vezes, solitário, mas caminho!]
ResponderEliminarum imenso abraço
Leonardo B.
Fazemos tanger os gonzos de bronze intemporal nos templos do silêncio,
ResponderEliminarmas a ilusão de retorno não clarifica o sentimento recíproco do afecto.
Há vozes que se desdobram em línguas de fogo e queimam a garganta
quando se soltam entre quatro paredes: e morrem de claustrofobia.
É por isso que ainda penso que somos hirsutos homens das cavernas.
Ouvimos sons subterrâneos que vagueiam pelas brechas da pedra
e dizemos convictamente que são os deuses murmurando entre si.
Conjecturamos o magnificente destino que eles nos querem atribuir,
quando na verdade deveríamos dedicar-nos a pinturas de caça.
Somos ocos por dentro, somos feitos de ecos, ecos, ecos…
certíssimo, Leonardo. E a dor, esse caminho largo, encontra na palavra um lugar para habitar. tal como o amor. pode faltar tudo, mas tendo-se a palavra no seu silêncio fundo e redondo, o caminho continua. é esta apenas uma reflexão.
ResponderEliminaroutro abraço
T.
somos realmente ocos, centopeia. os ecos de todos os dias acordam-nos para essa condição.
ResponderEliminarestupendo, pois.
abraço
T.
Só silêncio que inquieta e reconforta. É um mistério como um post consegue estas duas coisas tão distintas.Silêncio.
ResponderEliminarLS
No meio de tanta poesia, passo e só escrevo para mandar um beijinho. Porque mais palavras que eu dissesse, só estragariam a beleza deste site (dada a minha inépcia para as mesmas).
ResponderEliminar