sábado

um dia, cessará o murmúrio, a teia, a procura de ti, o encontro da ânsia de não te achar. quando eu me acabar. um dia.

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«Vejo-me respirar, dar as minhas mãos e força às plantas e à terra, e, no fim, não me distingo do dia que passa.» - Maria Gabriela Llansol in Uma Data Em Cada Mão, p.103, Assírio&Alvim, 2009



4 comentários:

  1. [assim o dia que nasce e adormece breve em cada silêncio , murmúrio do vento que sussurra, que se adentra no seu próprio ventre]

    um imenso abraço,

    LB

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  2. e depois atirarei a primeira faca ao dia,
    matarei as horas uma a uma
    e desejarei recomeçar um outro casulo:
    valerá a pena se se sentir a transpiração da terra.

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  3. Fantásticas as vossas percepções e como lhes dão forma criativa. Um assombro. Parabéns.
    Obrigada por darem luz a estes meus silêncios!

    T.

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  4. Fantástico! fantásticos também os comentadores (excepto eu, o inapto, esmagado pela beleza que reside aqui). Este lugar é magia!!

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fotografia © Anke Merzbach

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