segunda-feira

Adagio em G menor de Albinoni numa animação do cineasta russo Garri Bardin

.

"(...) as pessoas exigem da verdade, como primeira condição, que seja provável; e contudo a probabilidade, como a experiência ensina, nem sempre está do lado da verdade." - Heinrich von Kleist, Sobre o Teatro de Marionetas e outros escritos, p.5, Antígona, 2009

.

7 comentários:

  1. FABULOSA essa animação. Triste retrato do que acontece ao ser humano quando funciona "em massa", sem pensamento próprio, sem espírito crítico.

    ResponderEliminar
  2. inquietantemente verdadeiro. Fabulosa!
    LS

    ResponderEliminar
  3. Também acho esta animação magistral.E é mister que nos inquiramos sobre a responsabilidade de cada um na insânia colectiva.A inquietação dessa reflexão é, de facto, avassaladora, com travo amargo da inoperância...

    Teresa Sá Couto

    ResponderEliminar
  4. Extraordinária animação, extraordinariamente arguta a escolha do texto que a acompanha.
    Belíssimo espaço. Parabéns!
    Um abraço

    ResponderEliminar
  5. Olá c.a (contador antropomórfico)
    Este espaço esteve escondido quase um mês,enquanto pensava o que fazer com ele, até que ontem, sábado,dia 29, foi repentinamente ilumiminado (como faço menção no post "suicidário" rsss). Porque o vídeo causou sensação, achei que devia mostrá-lo também a si :)

    Obrigada pela companhia, agora também aqui.

    Um abraço
    TSC

    ResponderEliminar
  6. Sabe que tive [tenho] muita dificuldade em deixar uma nota «inteligível» a propósito deste seu post, ainda que desconfie que nada do que eu pudesse ter escrito seria surpresa para si. Acabou por sair algo semelhante a uma amabilidade, quando a reacção que provocou em mim está absolutamente fora do âmbito das simples «cortesias». Permita-me que explique:
    A minha vida «civil» centra-se, precisamente, na procura da verdade, a maior parte das vezes da verdade possível e tenho muita dificuldade em suportar as mentiras. Melhor será dizer que não suporto mesmo. Prefiro sempre uma verdade, por mais dura que seja. Todavia, já vivi o suficiente para saber [de experiência feito] que nem todos [diria mesmo a maioria] pensam como eu. Foi o que me veio à ideia quando vi este filme. A maioria das verdades são improváveis, a vida é improvável, tal como improvável é a minha «Casa». Improvável, mas verdadeira. O preço que pago pela minha verdade é o absoluto anonimato, mas prefiro isso a uma «glória» necessariamente falsa e vã. Encontro conforto numa «cada vez mais (...) corajosa e perversa paixão de liberdade», «que me inquina», e nisto me revelo menos «andrógino» do que gostaria, porque me parece evidente que esta frase só podia ter sido escrita por uma mulher. O meu mundo também não é dos «letrados», mas sim o das gentes de «letras grossas». Esquecê-lo seria ingratidão, também no meu caso.
    Por tudo isto nunca me passou pela cabeça despertar a atenção de um «letrado» [sem ofensa, bem pelo contrário]. Só pode ser mesmo mais uma improbabilidade, pela qual estou grato(a), a si e à Divina Providência :-)
    Um abraço

    ResponderEliminar
  7. Cristalino. Por isso o tratei por c.a., reconhecendo-o (e intuí que ia perceber): a identificação não me prova uma verdade e tenho a sua “casa improvável” – o que eu gostei do título – como verdadeira [Aliás, a sua casa é tão improvável que, quando recebi o selo de «Blog Viciante» no meu ComLivros, pensei atribuí-lo a ela].
    Será a questão da interrogação dos próprios caminhos, interpelação que fazemos com a experiência desses caminhos. E lembro-me das palavras de Nietzsche, em «Assim falava Zaratustra»: «Tomei por muitos caminhos e servi-me de muitos meios para chegar à minha verdade; servi-me de mais de uma escada para chegar à altura de onde o meu olhar percorre os longínquos espaços.».

    Um dia estudo um post sobre isto, vai ver :)…

    Outro abraço
    TSC

    ResponderEliminar

Etiquetas


fotografia © Anke Merzbach

Seguidores

"partir de uma memória equivale a partir do fim" - Rui Herbon