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fotografia © lonewolf1966
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deste-me o mapa do improvável, e eu dei as minhas mãos ao silêncio. hoje, se me dissesses estou aqui, eu morreria.
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«talvez procure ainda um gesto teu nos braços /do silêncio, como um pombo cego a debicar /as sombras na única praça deserta da cidade» - Maria do Rosário Pedreira in O Canto do Vento Nos Cipretestes, p.53, Gótica
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Se em todos os búzios só se ouve a memória dos mares,
ResponderEliminarjá as nossas mãos encerram a reminiscência do latrocínio.
Porque elas se estendem ávidas para todos os pomares
e para todos os corpos e para todos os poemas proibidos.
Sendo assim,
se amanhã descobrires as tuas árvores vazias de romãs
ou se acordares e não souberes da tua dilecta colecção
de poemas e de búzios marinhos, não fui eu: foram
estas duas mãos que não domino e roubam sem razão.
No silêncio desta noite, antes da partida, quis visitar as imagens e os sons deste espaço de paz.
ResponderEliminarUm beijo meu,
regina
magnífica resposta, Paulo; diálogo superior com este "post", agarrando-lhe o repto. Assim valem a pena, estes silêncios! Gratíssima!
ResponderEliminarabraço
T.
Beijo meu,Regina, minha cúmplice destes e doutros tantos silêncios...
ResponderEliminarT.