sábado

.
.
fotografia © lonewolf1966

.

deste-me o mapa do improvável, e eu dei as minhas mãos ao silêncio. hoje, se me dissesses estou aqui, eu morreria.
.
.
«talvez procure ainda um gesto teu nos braços /do silêncio, como um pombo cego a debicar /as sombras na única praça deserta da cidade» - Maria do Rosário Pedreira in O Canto do Vento Nos Cipretestes, p.53, Gótica
.
.

4 comentários:

  1. Se em todos os búzios só se ouve a memória dos mares,
    já as nossas mãos encerram a reminiscência do latrocínio.
    Porque elas se estendem ávidas para todos os pomares
    e para todos os corpos e para todos os poemas proibidos.

    Sendo assim,
    se amanhã descobrires as tuas árvores vazias de romãs
    ou se acordares e não souberes da tua dilecta colecção
    de poemas e de búzios marinhos, não fui eu: foram
    estas duas mãos que não domino e roubam sem razão.

    ResponderEliminar
  2. No silêncio desta noite, antes da partida, quis visitar as imagens e os sons deste espaço de paz.
    Um beijo meu,
    regina

    ResponderEliminar
  3. magnífica resposta, Paulo; diálogo superior com este "post", agarrando-lhe o repto. Assim valem a pena, estes silêncios! Gratíssima!

    abraço
    T.

    ResponderEliminar
  4. Beijo meu,Regina, minha cúmplice destes e doutros tantos silêncios...
    T.

    ResponderEliminar

Etiquetas


fotografia © Anke Merzbach

Seguidores

"partir de uma memória equivale a partir do fim" - Rui Herbon