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fotografia picada da net
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sei que a lua te alaga e que tens de ir. e sei esta ânsia sôfrega de me delir nos bosques com a falta que me fazes.
sei que a lua te alaga e que tens de ir. e sei esta ânsia sôfrega de me delir nos bosques com a falta que me fazes.
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Sinto o pavor da beleza; quem se atreverá a condenar-me se esta grande lua de solidão me perdoa? - Jorge Luís Borges , Obras Completas I, p.67, Teorema
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Grande voz!
ResponderEliminarDaquelas que nos abalam por dentro e tudo se desmorona para se reconstruir de novo.
Já nos Dead Can Dance era assim.
mesmo acabado de "postar", ainda estava nos acertos das palavras... :)
ResponderEliminarSim; uma voz que nos revolve o que só ao silêncio confessamos...
Imagens, palavras e som...mas que bem que se está aqui!!!!
ResponderEliminarDe todas as vozes, os contrataltos serão, talvez, as mais improváveis, e por isso extraordinariamente belas. Tão belas que, em tempos idos, muitos rapazes foram condenados a uma vida de eunucos para conservá-las. A Lisa Gerrard teve sorte em ter nascido mulher com uma voz destas...
ResponderEliminarFez-me lembrar esta ária de Bach
http://www.youtube.com/watch?v=5M99M4LqfKE&feature=related ,
cantada pelo René Jacobs (contratenor).
«Ich habe genug» talvez pudesse ser, também, a banda sonora para a imagem e as palavras, igualmente belíssimas, que a precedem.
Em suma: gostei muito.
Abraço
Certo!
ResponderEliminarCurioso: tinha esse video de Bach e este (http://www.youtube.com/watch?v=HXGLrZMrpuw ) a dialogarem-me com a imagem do lobo. Ao escrever e escolher as palavras a minha voz interior chamou-me para outro arrepio: o da Lisa Gerrard.
Outra curiosidade:Bach é-me essencial.
Muito obrigada (até me comoveu, caramba!)
Um abraço
TSC
Obrigada, Luís
ResponderEliminarMas que seguidores empenhados tenho aqui. Estou espantada.
Um abraço
TSC
Bach é a matriz. Está lá tudo, compilado. Creio, mesmo, que o génio dele foi ter conseguido extrair a forma primordial, a estrutura fundamental desta específica linguagem. Bach é matemática pura sob a forma sonora, é a minha «turbina», aquela que ponho a trabalhar quando preciso de introduzir ordem no meu caos interior. Compreendo-a muito bem.
ResponderEliminarEu também teria escolhido a Lisa Gerrard ou a ária cantada pelo Jacobs. Acontece que há uma memória afectiva (minha) associada a esta ária e à expressão «delir nos bosques com a falta que me fazes». Era a música que eu ouvia, «em repeat», quando perdi uma pessoa que ainda hoje me faz falta. Por isso me lembrei dela.
Quanto à suite para violencelo, não consigo associar-lhe palavras, apenas movimento. É daquelas que accionam a minha «turbina». As palavras vêm depois...
Não é empenho, é prazer mesmo :-)
ResponderEliminar[Aproveito para rectificar uma gralha: mais acima escrevi «contratalto» e queria ter escrito contralto. As minhas desculpas.]
parece-me que as nossas "turbinas" têm motores de assombro com peças muito idênticas. Não imagina (se calhar imagina) a felicidade que me dá estas conversas sobre silêncios que só se podem ter, evidentemente, com quem conhece o som das coisas mudas.
ResponderEliminarObrigada c.a.
Grande Abraço
TSC
Imagino muito bem. Acontece o mesmo comigo, acredite.
ResponderEliminarAbraço apertado.
nem reparei na gralha :)a inteligibilidade da leitura fez-me lê-la correctamente. Não imagina[agora não imagina mesmo] o sarilho que é com os textos que envio para a Orgia; agora com o novo "site" já não sou eu a descarregar os textos directamente e nunca estão correctos ao primeiro envio, mesmo depois de os ler várias vezes; já percebi que não adianta reler textos no mesmo dia em que os termino, pois não lhes vou encontrar gralha nenhuma. :))))))
ResponderEliminarAh, e o lobo? O lobo, este lobo, é magnífico. Tem um olhar tristemente humano, que é aquilo que me fascina neles e, consequentemente, ou hereditariamente, nos cães. Há ali contemplação e muita bondade, apesar de tudo com que foi recriminado ao longo dos tempos.
ResponderEliminarPois.Tenho um fascinio desmedido por esta fotografia do lobo, "o meu lobo"; tinha de a colocar assim, tamanho gigante, o mais próximo da sua magnitude. O que aquele olhar nos diz parece que nunca se acaba, não é? :)
ResponderEliminarNão acaba, não. A começar por essa fotografia, as palavras dos tres trechos - a abrir com duas suas estupendas frases - numa trama desconcertante e o som... As vezes que eu já vim aqui e não consigo escrever nada de jeito... :-)
ResponderEliminarQue voz! Que música! Emocionante! Lindo!
ResponderEliminarAinda bem que o Adagio foi para a frente, e vai bem lançado. Parabéns pelo excelente gosto.
é a responsabilidade do carinho, Benjamina: depois da vossa inigualável atenção, não tive coragem de eliminar o blogue(ainda que me sinta como a mulher na fotografia do "post" anterior...rssss).
ResponderEliminarHá-de ser o que "Deus quiser" :)
Beijinhos
TSC
Dead Can Dance foi dos meus grupos preferidos dos anos 80/90.
ResponderEliminarObrigada, Victor, pela visita :)
ResponderEliminarUm abraço
TSC